Orgasmatório

 

No leito ebúrneo e cálido, em noites brumas
Ao fulgor dos desejos, em êxtase cativos
Num balé de corpos febris, ao léu das paixões
Perscrutando recônditos, lares de flamantes desejos.
Teu hálito que me incendeia o falo
Desnuda intenções levadas a termo,
E mãos que se misturam em regozijo
Enredam-se cúmplices, em mútuo deleite.
De teus lábios, sequestrados à luxúria
Lúbricos gemidos me condenam ao gozo
Quando as idas e vindas ao palato
Transbordam em jorro o inevitável clímax.
Do idílio espocam os sentidos, em ígneos matizes
E num suspiro extasiado, almas plenas se aquietam
Sublimando o cio, cedendo ao torpor do sentimento
Aninhando Eros no colo, para um súcubo ninar.
Já não há suspiros e devassos gemidos
Pois nossos corpos só dançavam em meus devaneios
No compasso frenético que só o amor concebe
Em versos soltos de fantasia nos poemas de um sonhador solitário.



Comentários

  1. Pensar que a arte da vida tem por objetivo a felicidade. Uau... esse poema, poeta.

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