Determinismo atmosférico (cativo arbítrio)
Ocasiões há em que os fatos do cotidiano como que catalisam o clima das estações do ano e por mais que nos esforcemos em ignorar o torpor dos outonos, a frieza dos invernos, o frescor das primaveras e a intensidade dos verões, estes teimam em estigmatizar nossas sensações, contaminando o élan ocasional que nos acomete ou se interpondo à sempiterna angústia existencial que a natureza nos brindou, como que um castigo em decorrência de nosso potencial pensante.
O esforço, às vezes hercúleo, de violentar nossas preferências e vontades em prol do jugo de engodos e irrelevâncias travestidos de obrigações é um convite a refletirmos se estamos realmente aptos a assumir o ônus de pertencermos a nós mesmos ou então, encarar a predestinação advinda dos estados de espírito como fator subentendido e determinante de nossas ações, as quais ilusoriamente aludimos algum arbítrio.
De mim, o porvir das estações testará seu fatalismo e sinto muito por dizer:
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